Globalização e Fragmentação no mundo contemporâneo
(Rogério Haesbaert)
Os dilemas da globalização – fragmentação
“-vivemos uma época de grandes contradições e complexidade, em que podemos nos deparar com interpretações diametralmente opostas sobre o des-ordenamento territorial e/ou a des-organização regional do mundo.”
“-Enquanto muitos autores alardeiam a “era da globalização”, do mundo “em rede”, outros enfatizam uma genérica “fragmentação” que marcaria o mundo desde o final da Guerra Fria.”“[…]a constituição de uma sociedade-mundo é provável, não por que ela seria melhor, mas porque ela é a solução mais econômica para tratar os problemas mundiais. O mundo é um sistema de sistemas em movimento. (LÉVY, 1992, p.31)”
“-Observar o mundo como uma totalidade em movimento, por mais contraditória que ela seja, é identificar um momento histórico que vê o reencontro do global e do social[…]. A contenda[enjeux] do presente não é o fim da história, mas a de uma pré-história em que, seguindo as palavras de Kant, acaba para os homens o tempo de sua “insociável sociabilidade”(LÉVY, 1992, p.220, tradução nossa).”
“-Raciocinar em termos pós-modernos é tentar refletir sobre tudo isto que, hoje, parece caracterizar empiricamente a ordem mundial distendida [relâché]: o transitório, o instável, o desarticulado e o ambivalente. É tentar apreender o instável e recusar o unívoco. O pós-Guerra Fria se revelaria pós-moderno no que ele rompe com as principais características da modernidade: os modelos-tipo lineares e prontos (a Guerra Fria), fundados sobre a causalidade direta e previsível (LAIDI, 1992, p.30).”
“[…]admitir que toa a explicação geralmente não é nem estável nem unívoca. […]a realidade internacional é simultaneamente unipolar, multipolar e em muitos casos “a-polar”. […]No estudo das relações internacionais, a questão será menos de classificar e de simplificar que de interpretar o mutante e o contraditório. (LAIDI, 1992, p.32, tradução nossa).”
“A exemplo desses