GLOBALIZAÇÃO E FRAGMENTAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
839 palavras
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GLOBALIZAÇÃO E FRAGMENTAÇÃODO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Rogério Haesbaert (org. )
EDUFF,
NITERÓI – 1998
O mundo está em rápida mudança. Desta vez, por conta da globalização-fragmentação. Tanto quanto o conteúdo e a forma, para onde vai e quais são as tendências do por-vir desse mundo são as questões que procura responder a equipe de professores de Geografia Regional do Departamento de Geografia da UFF, num livro de título Globalização e Fragmentação do Mundo Contemporâneo, publicado pela Editora da UFF. Título que já indica o eixo das respostas da equipe, formuladas na linha da velha e boa geografia regional dos continentes.
O texto introdutório de Rogério Haesbaert, organizador da coletânea, enfoca o tema-título: a globalização e seu contraponto, a fragmentação. Temas que, caídos no vazio tanto foi seu uso e abuso, têm seu conteúdo aqui explicitado. A globalização não é um conteúdo em si. Mais que a forma geográfica que a economia política do capitalismo assume neste trânsito de século na história, é uma complexidade que envolve a um só tempo uma economia política, territorialidade da política e um paradigma de meio ambiente novos, além da emergência da multiculturalidade.
Daí que sua expressão geográfica concreta seja a fragmentação, algo diferente de um espaço-mundo globalmente homogeneizado.
A análise dos Estados Unidos que se segue, texto de João Rua, professor da
UERJ/PUC-RJ que se soma à equipe da UFF, vem dentro desse enfoque. O recortamento do espaço americano pela nova ordem rearruma a velha divisão regional na territorialidade do trabalho-produção flexível: o clássico formato dos “belts” é vencido pelo desenho da reestruturação neofordista.
O texto de Jorge Luiz Barbosa traz uma abordagem nova no enfoque sobre a
Europa unificada, designada pelo autor de “a utopia do capitalismo tardio”. Mais que um fechamento de fronteira frente a uma disputa hegemônico-imperialista EUAEuropa-Japão, o “european dream”, essa espécie de zollverein