Glicogênese

Quando a glicose é captada pelas células elas são rapidamente convertidas em glicose – 6P, na qual é responsável pela permanência desse nutriente no espaço intracelular contra o gradiente de concentração. As moléculas de glicose – 6P iram seguir dois destinos: armazenamento e utilização imediata.
São responsáveis pelo armazenamento de glicogênio o fígado (7 a 10 %) e o músculo esquelético (1 a 2%). O glicogênio está mais concentrado no fígado, porém no músculo esquelético está mais disponível. Isso ocorre devido a extensão dos tecidos.
O Glicogênio encontrado no fígado exerce funções de armazenamento, distribuição para os tecidos extra-hepáticos e de manutenção de glicemia, uma vez que somente esse tecido possui a enzima glicose 6- fosfatase, na qual converte glicose 6 fosfato em G6P (glucose 6 phosphate) em glicose livre, na qual tem a capacidade de atravessar a membrana celular.
No músculo esquelético o glicogênio tem a função de armazenamento e utilização, isso ocorre devido a fosforilação da glicose em G6P ser irreversível nesse tecido em decorrência da ausência de glicose 6-fosfatase.
Glicogênese é o processo de formação do glicogênio a partir das moléculas de glicose 6P, na qual existem quatro etapas desse processo. 1- Glicose 6-P é convertida em glicose 1-P, por meio da ação catalisada pela enzima fosfoglicomutase 2- Glicose 1-P reage com uridina-trifosfato convertendo-se em uridina difosfatoglicose (UDP-glicose), por meio da ação catalisada pela enzima pirofosforilase. 3- UDP-glicose é “acomodada” em cadeia de glicogênio preexistente (primer com aproximadamente 8 unidades de glicose) ocorrendo a degradação do UDP. Dessa forma une-se a molécula de glicose ao primer; por meio da ação da enzima glicogênio sintetase. 4- Após 11 resíduos de glicose terem sido ligados ao primer, a cadeia passa a sofrer o processo de ramificação, através da ação da enzima amilo (1-4)(1-6) tranglicosidase, também conhecida como “enzima de ramificação”.