glicogenese
Armazenamento e Síntese de Carboidratos no Fígado e no
Músculo
J.W. Baynes
OBJETIVOS
Após concluir este capítulo, o leitor estará apto a:
Descrever a estrutura do glicogênio.
Identificar os locais primários de armazenamento de glicogênio no corpo e a função do glicogênio nesses tecidos.
Resumir as vias metabólicas para a síntese e a degradação do glicogênio.
Descrever o mecanismo pelo qual o glicogênio é mobilizado do fígado em resposta ao glucagon, no músculo durante o exercício e em ambos os tecidos em resposta à epinefrina.
Explicar a origem e as consequências das doenças de armazenamento do glicogênio no fígado e no músculo. Explicar o mecanismo de contrarregulação da glicogenólise e glicogênese no fígado.
Resumir a via da gliconeogênese, incluindo os substratos, enzimas únicas e mecanismos regulatórios.
Descrever os papéis complementares da glicogenólise e gliconeogênese na manutenção da concentração sanguínea de glicose.
INTRODUÇÃO
A célula vermelha e o cérebro têm uma necessidade absoluta de glicose sanguínea para o metabolismo energético. Essas células consomem cerca de 80% dos 200 g de glicose consumida no corpo por dia.
Existem somente cerca de 10 g de glicose no plasma e no volume de fluido extracelular, de tal forma que a glicose sanguínea tem de ser reabastecida constantemente. Do contrário, a hipoglicemia se desenvolve e compromete a função cerebral, levando à confusão e à desorientação e possivelmente ao coma com risco de vida em concentração de glicose sanguínea abaixo de 2,5 mmol/L (45 mg/dL). Absorvemos glicose a partir de nossos intestinos por somente 2-3 horas após uma refeição contendo carboidrato; assim tem de existir um mecanismo para a manutenção da glicose sanguínea entre as refeições.
O glicogênio, uma forma de armazenamento de glicose como polissacarídeo, é nossa primeira linha de defesa contra o declínio na concentração sanguínea de glicose. Durante e imediatamente após uma refeição, a glicose é