Glicogenese e gliconeogenese
Volume
VALTER T. MOTTA
Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações
Enzimas
ENZIMAS
A
s enzimas são proteínas com propriedades catalisadoras sobre as reações que ocorrem nos sistemas biológicos. Elas tem um elevado grau de especificidade sobre seus substratos acelerando reações específicas sem serem alteradas ou co n sumidas durante o processo. O estudo das enzimas tem imensa importância clínica. Em algumas do enças as atividades de certas enzimas são medidas, principalmente, no plasma sangüíneo, eritró citos ou tecidos. Todas as enzimas presentes no corpo humano s ão sintetizadas intracelularmente. Três casos se destacam: Enzimas plasma-específicas. Enzimas ativas no plasma utilizadas no mecanismo de coagulação sangüínea e fibrinólise. Ex.: pró -coagulantes: trombina, fator XII, fator X e outros. Enzimas secretadas. São secretadas gera lmente na forma inativa e após ativação atuam em locais extracelulares. Os exemplos mais óbvios s ã o a s p r o t e a s e s o u h i d r o l a s e s p r o d u z i d a s n o s istema digestório. Ex.: lipase, α-amilase, tripsin o gênio, fosfatase ácida prostática e antígeno prost ático específico. Muitas são encontradas no sangue. Enzimas celulares. Normalmente apresentam baixos teores séricos, mas os níveis aumentam quando são liberadas a partir de tecidos lesados por alguma doença. Isto permite inferir a localizaç ã o e a natureza das variações patológicas em alguns órgãos, tais como: fígado, pâncreas e mi o cárdio. A elevação da atividade sérica depende do conteúdo de enzima do tecido envolvido, da extensão e do tipo de necrose. São exemplos de e n zimas celulares as transaminases, lactato desidrogenases etc.
As meias -vidas das enzimas teciduais após liberação no plasma apresentam grande variabilid a d e – nos casos de enzimas medidas com propó sitos diagnósticos e prognósticos, podem variar desde algumas horas até semanas. Em condições normais as atividades enzimáticas permanecem constantes, refletindo