Girias
As gírias costumam nascer para ocultar o significado das palavras. É o caso, por exemplo, da gíria prisional, utilizada pelos presidiários para evitar que as suas conservas sejam captadas pelas autoridades, daí os termos usados na gíria serem temporários (provisórios): mal sejam adoptados e usados em massa, deixam de ser utilizados. Pelo menos, com o mesmo objectivo.
Há gírias que surgem por questões meramente geográficas e que, com o tempo, podem passar a fazer parte de um dialecto regional. Não existe, nesse caso, qualquer intenção de ocultar o verdadeiro significado das palavras, pois surgem de um sentimento de pertença e da intenção de se diferenciar de outros grupos.
As gírias profissionais, por outro lado, são implementadas para designar com precisão determinados procedimentos, métodos ou instrumentos. Dada a importância de compreender estes termos para o exercício de uma profissão, existem dicionários sobre estas gírias.
A noção de gíria é frequentemente usada como sinónimo de calão, que é uma gíria social geralmente associada às expressões vulgares. O calão é particularmente bem aceite junto da comunidade estudantil e dos adolescentes, de uma forma geral. Não é necessariamente vulgar, mas não deixa de ser um registo informal e mais descontraído de expressão. Além do mais, sendo um vício da linguagem, acaba por gerar alguma confusão na escrita, levando a cometer erros ortográficos e a redigir de uma forma mais inconveniente e/ou mais desleixada.
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