Gírias
O objetivo deste trabalho é analisar e sintetizar as definições e aspectos das gírias e jargões e seus efeitos, principalmente como sendo agentes de ruído na comunicação social e empresarial.
Ruído da comunicação pode ser entendido como qualquer interferência ou empecilho para transmissão clara e precisa de uma mensagem que dificulte ou impeça seu entendimento pleno. O responsável pela interferência pode ser aquele que transmite a mensagem, com o uso de expressões não compreensíveis, assim como o ambiente em que a mensagem é transmitida ou recepcionada.
1 - GÍRIAS
1.1 – Definições e síntese dos conceitos
O dicionário Michaellis (Op.cit, FILOLOGIA, 2003) trata a gíria como uma linguagem especial de uma classe ou uma profissão, ou ainda como uma linguagem de grupos marginalizados. O dicionário Aurélio (1999) usa a mesma definição do Michaellis, porém acrescenta que é uma “linguagem de malfeitores, malandros, etc” usada para não serem entendidos pelas outras pessoas. Já Machado (1990) no dicionário etimológico da língua portuguesa, define gíria como sendo uma etimologia obscura, de origem duvidosa.
Hoje, a maioria das pessoas compreende gíria como uma linguagem específica de um grupo, como os jovens e profissionais de uma determinada área. Essa linguagem é geralmente usada para facilitar a comunicação, criando, substituindo ou modificando palavras ou empregando termos. Em certos casos, usa-se a gíria para que a comunicação entre as partes não seja facilmente compreendida por pessoas de fora do grupo, o que atribui um aspecto de malandragem à linguagem.
O que é considerado gíria ou não-gíria é difícil de saber ao certo, pois os dicionários não entram em concordância quanto à terminologia usada, inclusive por vezes usando da linguagem informal, geralmente dando margem para o aparecimento de mais dúvidas ao invés de respostas.
1.2 - Exemplos de gírias
Gata ou gato: mulher bonita, homem bonito
Baranga: mulher feia
Coroa: pessoa