Ginastica artística

TEORIZAÇÃO DA MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA Mário Azevedo, 1993 Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências A presente secção ocupa-se da motivação intrínseca. Trata-se de um dos temas importantes da psicologia educacional. Começa-se aqui pela apresentação histórica de alguns conceitos precursores da teorização da motivação intrínseca. Motivação Intrínseca e Motivação de Efectância Os psicólogos da linha estruturalista e funcionalista, anteriores ao comportamentismo, tais como William James e Robert Woodworth, apresentaram alguns conceitos motivacionais próximos do atual conceito de motivação extrínseca. O advento do comportamentismo, porém, a par das teorizações de pendor psicanalítico, veio impor o domínio de conceções mecanicistas. Quer a psicanálise quer o neobehaviorismo de Hull favoreceram a explicação do comportamento na base dum determinismo comandado por impulsos: a motivação para dado comportamento adviria da necessidade de reduzir os impulsos. Nos anos 40, Fromm (1940) distinguiu entre indivíduos amantes da liberdade (freedom-loving) e tementes da liberdade (freedom-fearing). Na década de 50, foram os estudos de Harlow sobre o comportamento dos primatas que vieram revelar comportamentos de exploração em macacos. Este tipo de comportamento de exploração ou curiosidade não parecia ser comandado por qualquer reforço. Os animais em estudo entretinham-se a lidar com instrumentos que impunham a resolução de enigmas, só pelo prazer de o fazer. É num relatório que descrevia a dificuldade em extinguir esta espécie de comportamento que Harlow (1950) usou a expressão motivação intrínseca pela primeira vez. Foram diversas, mas baldadas, as tentativas de explicar a motivação intrínseca dentro das teorias de impulso (veja-se o sumário apresentado em Deci e Ryan, 1985). Riesman, Glazer, e Denney (1950) distinguiram entre indivíduos dirigidos interiormente e dirigidos exteriormente. No fim dos anos 50, White (1959 introduziu o conceito de motivação de efectância. Nos anos 60,