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Estoques de produtos importados de empresas como Panasonic, Sony, Canon e Nikon podem acabar devido à interrupção da produção no Japão
Renata Honorato
Panasonic: cinco fábricas no Japão seguem fechadas após terremoto (Sean Gallup/Getty Imagem)
Câmeras e lentes fotográficas, telas de cristal líquido e impressoras compactas são alguns dos itens que podem faltar no Brasil
Os meses de abril e maio serão "críticos" para a fabricante de eletrônicos Panasonic no Brasil. Da sede japonesa, a empresa importa câmeras fotográficas e telas de cristal líquido para a venda no Brasil, um fluxo que deve ser suspenso em breve devido à interrupção da produção de cinco fábricas da companhia no Japão – fruto do terremoto seguido de maremoto ocorrido na sexta-feira. "O estoque de produtos de março está garantido. Mas em abril e maio sofreremos os impactos da interrupção da produção no Japão", afirma, Masanobu Matsuda, presidente da Panasonic no Brasil.
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Outras empresas japonesas de tecnologia, como Sony, Canon e Nikon, também devem sentir os efeitos do desastre. Mas suas filiais brasileiras ainda avaliam a amplitudo do problema.
A matriz da Canon pode suspender as atividades em uma de suas principais fábricas, no sul do Japão. A medida afetaria o abastecimento de produtos no Brasil. A fábrica paralisada na cidade de Oita conta com cerca de 4.500 funcionários e produz câmeras, lentes e impressoras compactas.
A Nikon interrompeu a produção de suas fábricas de equipamentos de precisão no norte do Japão – e não há previsão para normalização da situação. O mesmo vale para a Sony. A sede da companhia, em Tóquio, funciona com força bastante reduzida: do total de 6.000 funcionários, apenas 120 comparecem para trabalhar, em função dos problemas ferroviários pelos quais passa a capital.
O setor de tecnologia em todo mundo sofrerá as consequências do