Gestão do conhecimento - cap1
Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka
O ambiente atual, cada vez mais complexo, requer das organizações cada vez mais a capacidade lidar com a complexidade para se obter sucesso. Não existe a fórmula pronta para o mesmo, porém pode se observar que muito do conhecimento obtido deste ambiente não pode ser dado como verdade absoluta.
As organizações vivem meio a um ambiente paradoxal, e desde os princípios de Taylor tenta-se eliminar o paradoxo para tornar simples, mais fácil de explicar e controlar este ambiente. O que faz com que as empresas demonstrem a tendência de retornar sempre as mesmas já dadas rotinas que deram certo anteriormente, porém atualmente o mercado requer adaptação e saber lidar com o paradoxo as coloca de forma mais preparada. Isso se pode observar nas organizações detentoras do sucesso atualmente, as chamadas empresas dialéticas, que cultivam as contradições positivamente.
Dado o contexto do ambiente paradoxal, percebe-se que toda a ideia tem o seu inverso e que nenhuma formula já dada do conhecimento é totalmente válida e tem em si um pouco do seu oposto, na analogia da luz somente existir porque existe também a escuridão. Verificamos aqui que as teses dadas não são totalmente válidas, logo sendo invalidadas por suas antíteses.
Porém, quando a antítese vem a falhar a síntese se encarrega de reconciliar as ideias de ambas em um terceiro estágio. Isto, porém não fecha definitivamente este conceito, pois a síntese servirá posteriormente de uma tese e o ciclo se repete sucessivamente da mesma forma, sendo chamado de espiral tese-antítese-síntese.
No meio conhecido hoje como sociedade do conhecimento o paradoxo passou de algo a ser evitado e eliminado para algo a ser cultivado e aceito. Aqui os opostos do conhecimento, tido como opostos aparentemente, surgem como algo de real importância, que são o conhecimento explicito e conhecimento tácito.
O conhecimento explícito pode ser expresso em