Gestão democrática na escola
Nilza aparecida da Silva Oliveira
Justificativa
A população brasileira vivenciou nas últimas décadas transformações significativas no campo social e político o que levou a uma reorganização nas relações de poder e uma abertura para a participação do povo nas questões que se refere ao público.
O Brasil foi, e talvez ainda seja, historicamente marcado por relações de autoritarismo e de exclusão do povo nas decisões políticas e econômicas do país. Desde a colonização as políticas implementadas pelos governantes foram caracterizadas por ditaduras, censuras e limitações ao pensamento livre e crítico.
Nesse contexto a função da Escola Pública oscilou entre espaços para difusão e concretização dos ideais e projetos da elite e de seus representantes que ocupavam cargos na política brasileira e também a função de formação profissional para suprir as necessidades de mão de obra do mercado.
Para executar a sua função a escola necessitava de uma administração eficiente no sentido de implementar normas que cumprissem e efetivassem o projeto de sociedade a qual a elite dominante desejava. Assim sendo, o diretor da escola era escolhido e nomeado pelo governo como chefe de sua confiança e o mesmo deveria ser responsável na execução das medidas que constavam no projeto político governamental.
O fim da Ditadura Militar na década de 1980 e a redemocratização do país propiciaram um debate nos cursos de licenciaturas e um repensar no papel da escola, surgindo questionamentos sobre a função desta instituição. O momento histórico se pautava por relações democráticas e participação popular. Nesse sentido, a partir dos anos 1990 foi desenhada uma nova função para a Escola Pública brasileira, que é a de formar cidadãos críticos, capazes de atuar como participantes das instituições democráticas, além da formação dos conteúdos disciplinares.
Para uma formação escolar que ultrapasse a formação profissional e os conteúdos