Gestão democrática da escola

GESTÃO DEMOCRÁTICA? ATÉ QUANDO?

Como Coordenadora Pedagógica muito me preocupa quando chega o momento de realizar o PDE na escola, que agora nos chega na versão interativa. Tantas questões a serem analisadas, sobre a estrutura física da escola, materiais disponíveis, índices de evasão/reprovação, etc. Paro e penso nas tantas escolas espalhadas pelo Brasil, será que todas elas possuem a mesma realidade a ser analisada? Serão os mesmos problemas? Será que a necessidade da minha escola é a mesma da escola que está localizada no Mato Grosso, São Paulo ou Bahia? Outra questão que muito me preocupa é porque as escolas de educação infantil realizam o mesmo PDE que as fundamentais? Tanto se fala em gestão democrática, mas o PDE interativo é uma política pública que nos vem de cima, onde nenhum educador ou gestor participou da sua elaboração/construção, preocupado em elevar os índices da qualidade da educação até 2022. De que adianta um IDEB elevado se alunos ainda chegam à universidade sem saber interpretar textos ou mesmos escrevê-los e o pior, o mercado de trabalho necessitar de profissionais qualificados que saibam se utilizar de certas habilidades e capacidades e não possuir? O que torna a escola eficiente é a estimulação do desenvolvimento integral dos alunos, vendo a satisfação dos mesmos em frequentar o ambiente escolar, é ver a participação da comunidade na escola. É garantir a permanência desses alunos na escola com aulas que os estimulem considerando aquilo que acreditam ser importante na apropriação do conhecimento. Além de tudo isso, tornar a escola eficiente é ver educadores motivados, com salários dignos, com acesso à formação, participando do processo, buscando, pesquisando soluções para os problemas enfrentados ali naquela comunidade. Portanto, mais do que analisar a estrutura física das escolas, o PDE deveria ir à fundo na realidade de cada escola, deveríamos construir um PDE por município ou região, pois não são prédios que garantem o sucesso