Gestão de Recursos Humanos
Toby D. Wall
O estudo da Gestão de Recursos Humanos (GRH) foi revigorado pela promessa de que haveria um conjunto de best practices, a Gestão com
Alta Participação (GAP), que poderia garantir desempenho superior às organizações. Chamada por alguns de gestão com alta participação, gestão com alto compromisso ou gestão de alto desempenho, a GAP compreende muitas das principais práticas que foram fundamentais no desenvolvimento da Psicologia do Trabalho, incluindo métodos sofisticados de seleção de pessoal, aprendizagem e treinamento, desenvolvimento de carreira, projeto de postos de trabalho de alta qualidade e trabalho em grupos. Compreende também outras práticas, como harmonização (minimização de diferenças de status entre trabalhadores), comunicação, participação, avaliação de desempenho e remuneração por resultados. A linha de pesquisa em GRH que esse modelo lançou difere do trabalho em Psicologia tradicional em dois aspectos. Em primeiro lugar, ela envolve caracterizar práticas como um conjunto, enquanto grande parte da pesquisa realizada por psicólogos examinou componentes da GRH em separado. Em segundo, a unidade de análise da GRH é a organização, e não o indivíduo. No estudo de seleção de pessoal, projeto do trabalho ou outros componentes da GRH, a ênfase dos psicólogos tem sido prever o desempenho individual; no entanto, para os estudiosos da GRH o foco é a relação dessas práticas como o desempenho da organização. Tomadas em conjunto, essas diferenças significam que o estudo da GRH se distingue agora da Psicologia pela sua preocupação em avaliar práticas de pessoal sob o ponto de vista coletivo e quanto aos seus efeitos sobre, por exemplo, a produtividade da empresa, os seus lucros ou a rotatividade de pessoal. Boa parte do trabalho sobre gestão de recursos humanos é, entretanto, guiada por três pressupostos mais fortes e específicos. O primeiro, que ganhou