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3471 palavras 14 páginas
CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Jorge Luiz Amaral
1- INTRODUÇÃO
A partir dos anos 80, por vários motivos, na Europa, nos Estados Unidos e na América latina, intensificou-se o debate sobre as possibilidades da gestão local do desenvolvimento. Nesse debate foram questionadas as abordagens teóricas que consideravam o Estado Nacional e as grandes empresas como agentes únicos do desenvolvimento econômico, cabendo às esferas locais apenas a gestão de equipamentos e serviços públicos e a regulação de algumas atividades. No Brasil, a crise fiscal do Estado e os processos de descentralização, desde o inicio da década de noventa, impulsionaram uma tendência de valorização dos governos locais como agentes de renovação das politicas publicas. Esta tendência foi reforçada pelo processo de reconfiguração dos padrões de produção e pela internacionalização dos fluxos e capital.
A urgência de um novo modelo de desenvolvimento aumenta a partir da constatação de que o crescimento das grandes empresas e o dinamismo econômico não se irradiam homogeneamente para todas as regiões de um país e nem permitem uma distribuição mais equitativa da renda entre os diversos grupos sociais.
Uma vez superada a simplificação do atual modelo, caracterizado pela baixa capacidade para impulsionar o desenvolvimento humano e elevar a qualidade de vida das pessoas, é possível aproximar-se das circunstancias e características concretas dos espaços, territórios ou regiões. E, assim, formular politicas e instrumentos de fomento produtivo e de modernização tecnológica e empresarial mais justa ao perfil especifico de cada região e às potencialidades locais.
Na Europa, houve o reconhecimento de que a diversidade e as potencialidades locais-regionais poderiam ser elementos estratégicos para a competitividade local dentro das politicas de apoio ao desenvolvimento. As especificidades territoriais passam a ser consideradas na elaboração dessas politicas. Abandonando, assim, a ideia de politica

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