Gestão de pessoas
Fischer (2002) ressalta que “para diferentes contextos históricos ou setoriais, encontram-se diferentes modalidades de gestão”. O autor ressalta a importância dos fatores sociais, culturais, econômicos e organizacionais que influenciam a gestão de modo geral e, consequentimente, a gestão de pessoas.
No início do século XX surgia o primeiro modelo de gestão, as Relações Industriais, que atuavam como mediadora entre as pessoas e as organizações, visando minimizar os conflitos entre os objetivos organizacionais. A área surgiu da necessidade de controlar as pessoas que trabalhavam na organização, inicialmente em aspectos muito simples como horas de trabalhos, faltas e salários.
Na década de 50, a Administração de Pessoal tinha a função de administrar as pessoas de acordo com a legislação trabalhista vigente. Batelman e Snell (1999) oferecem uma visão desta fase: “... o trabalho de RH era manter suas empresas fora dos tribunais e estar de acordo com o número cada vez maior de regulamentações que governavam o local de trabalho.”
Na década de 70, as pessoas foram reconhecidas com recursos da organização e passaram a ser administradas pela organização ou por um órgão central de Recursos Humanos. É nesta época que se reforça que o RH deve agir de modo pró-ativo e não reativo. Fischer (2002) coloca que “não é mais a motivação genérica que o modelo deve buscar. Indivíduos motivados, satisfeitos e bem atendidos em suas necessidades estão prontos para atuar, mas isso pode não significar absolutamente nada para as diretrizes estratégicas da empresa.”
A partir da década de 90, pessoas são consideradas como um poderoso ativo que impulsiona a competitividade organizacional. Passa-se a fazer a gestão com as pessoas. Na qual destacam-se três aspectos fundamentais: * As pessoas são diferentes entre si; * As pessoas são elementos vivos; * As pessoas são os parceiros da organização.
David Ulrich