gestão de pessoas
Quando ocorre uma crises, tanto interna como externa, a primeira opção de redução de custo na empresa é a demissão dos trabalhadores. Na VW não foi diferente, com previsão de demitir 7500 trabalhadores em 1998, o sentimento de pânico se instala entre a classe dos trabalhadores e o início de uma “guerra” começa.
De um lado a VW querendo reduzir seus custos e do outro os trabalhadores querendo a garantia do seu emprego. Com a proposta da “semana de quatro dias”, acompanhada da suspensão do pagamento do 13º, abono de férias e PLR, como forma de compensar em termos salarias a jornada reduzida é apresentada pela VW mas foi rejeitada pelos trabalhadores. Começa então uma série de negociações entre as partes.
Como visto, o preço que os trabalhadores da VW vinham pagando para garantia do emprego, fundado nas constantes pressões, aumento do ritmo de trabalho, flexibilização da jornada e redução salarial, já não era tido pela maioria dos trabalhadores como compensador.
O que podemos observar é que as empresas não se preocupa com o bem estar do seu funcionário como é dito na hora da contratação, visando sempre o lado da empresa. Isso acaba gerando um descontentamento e muitos acabam cedendo à pressão da empresa e pedindo demissão. Outro ponto importante é a forma como os sindicatos trabalham, muitas vezes ficando do lado dos empresários e deixando de defender o direito dos trabalhadores por sofrer pressão ou por interesses políticos.