gestão de pessoas
Viviane Clotilde da Silva - Universidade Regional de Blumenau - vcs@furb.br
Tânia Baier - Universidade Regional de Blumenau - baier@furb.br
Introdução
É comum vermos, já nos primeiros anos de vida, crianças “recitarem” os números, deixando seus pais e parentes orgulhosos de tal feito. O que eles não se dão conta é que, na maioria dos casos, elas apenas decoram as palavras, sem ao menos saber o significado das mesmas. Com o passar dos anos, elas começam a fazer as devidas relações, compreendendo então que tais palavras representam quantidades, trabalho este realizado nas primeiras séries do ensino fundamental.
Desta forma, muitas crianças se inserem na escola e crescem, permanecendo os vários anos de escolaridade, sem questionar como surgiram os números ou quando; como as pessoas viviam quando eles não existiam, como eram expressas as quantias, ou mesmo, se os algarismos e o sistema de contagem que utilizamos sempre foram usados por todos os povos e em todos os lugares. Aprendem os numerais, o seu significado, suas operações e propriedades, sem ter idéia de que eles foram uma criação humana e que levaram milhares de anos para surgir. Muito pelo contrário, é comum trabalhar com os algarismos sem se preocuparem com o processo de criação. Isto é muito grave, pois a contextualização do ensino da matemática pode levar o aluno a compreender também o desenvolvimento da sociedade em cada época. É importante ressaltar, já nos primeiros anos escolares, que existiram e ainda existem diversos tipos de numeração em todo o mundo e que, a aquisição da numeração indu-arábica na Europa se deu apenas nos séculos XIV e XV. Em pesquisa realizada com pais de alunos de uma 2ª série do ensino fundamental da uma escola municipal de Blumenau, onde uma das questões pedia que eles escrevessem como e porque surgiram os números, verificou-se que 34,55% dos pais não responderam a questão e 40%