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Este texto é uma comparação do filme “Um homem de família” com a obra de Sigmund Freud: “O mal estar na civilização”, conforme solicitado pelo professor da disciplina de Psicologia ministrada na Fundação Getulio Vargas.

Freud, em sua obra, chega à conclusão de que não é possível o homem ser feliz na civilização, uma vez que nesta o homem tem seus instintos reprimidos. No começo de sua obra, Freud nos diz que felicidade tem um significado subjetivo, pois cada pessoa tem sua própria concepção da mesma. E, apesar de cada um ter sua própria concepção, o autor nos mostra que a busca pelo alcance de objetivos, que ao serem alcançados serão tidos pela pessoa como felicidade, nada mais é do que uma interação entre o ego e superego. No filme, o protagonista, Jack Campbell (Nicolas Cage), leva a vida de um executivo bem sucedido, que tem tudo que deseja, exceto o amor de sua vida, o que não aparece no filme como fator que afete-o de alguma forma, pois o ator apresenta-se bastante feliz na vida que leva. Tudo muda quando ele sofre uma espécie de revira volta no tempo. No começo do filme, o ator tem a opção de ficar com sua esposa ou de partir para ser trainee de uma grande empresa, escolha essa que acarretará duas formas de vida distintas. Quando essa reviravolta temporal acontece, Jack, que até então vivia uma vida de luxo como alto executivo, passa a viver a outra vida que seria possível caso ele não partisse para ser trainee. Essa possibilidade, de ver como seria uma outra face de sua vida, faz com que Jack estranhe no começo a forma com a qual ele deveria viver, mas o tempo faz que ele repense a respeito da vida que leva e a forma de vida que poderia ter tido. Esse fato nos mostra como, na introdução, Freud está certo ao dizer “quão variado são o mundo humano e a vida mental”. Em contra partida, o autor diz que a civilização moderna impossibilita o homem de ser feliz, por que a civilização faz com que o homem reprima seus instintos naturais, tal como a