Ética nas negociações e envolvimento de terceiros
Artigo
As variáveis da negociação e o processo de nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia
Elaborado em 06/2006.
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Elton Baiocco
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RESUMO
Este artigo apresenta uma análise sobre a questão que envolve os interesses brasileiros na exploração dos hidrocarbonetos bolivianos, sob os aspectos das variáveis da negociação: informação, que é matéria-prima básica; tempo, no qual toda negociação se desenvolve; e o jogo de influências, de poder.
Palavras-chave: Brasil, Bolívia. Hidrocarbonetos. Variáveis da negociação: informação, tempo e poder.
INTRODUÇÃO
Certamente o feriado do Dia dos Trabalhadores de 2006 será amplamente lembrado por nós brasileiros, não pela data em si, mas pela surpresa com a qual fomos pegos ao tomar conhecimento da ação do governo boliviano de intervir e alterar as normas da exploração de petróleo e derivados naquele país, o que afeta diretamente nossos interesses.
Partindo da história não tão recente, serão abordados os acontecimentos que caracterizaram tentativas anteriores de tomada dos hidrocarbonetos pelo Estado Boliviano, bem como a situação econômica-política contemporânea que desencadeou todo este processo.
Tendo por base a teoria geral do processo de negociação, procuraremos estabelecer uma relação entre as três variáveis essenciais deste processo (informação, tempo e poder) com as ações dos governos boliviano e brasileiro no intuito de assegurar seus interesses.
A NACIONALIZAÇÃO DO GÁS NA BOLÍVIA
O Estado assume a propriedade, posse e controle absoluto de todos os recursos hidrocarbonetos; a estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) assume a comercialização, definindo condições, volumes e preços; as companhias estrangeiras têm 180 dias para regularizarem a situação e se adaptarem às novas