gestão contemporânea
Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade, Secretariado Executivo e Finanças – FEAAC
Curso: Secretariado Executivo
Disciplina: Gestão Empresarial
MOTTA, Paulo Roberto. Gestão Contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 15ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Capítulo 1 – A Função Gerencial no Mundo Contemporâneo.
Ninguém logrou caracterizar a função gerencial com exatidão; portanto, não se aprendeu a avaliá-la corretamente. Atualmente já se aceita tratar a função gerencial como extremamente ambígua e repleta de dualidades, cujo exercício se faz de maneira fragmentada e intermitente.
A visão ordenada e tradicional de gerência fazia crer que o dirigente era – ou deveria ser – um decisor racional, um planejador sistemático e um coordenador e supervisor eficiente das atividades organizacionais.
Na prática a atuação do dirigente encontra sempre uma carga inesperada de tarefas imprevistas. Sua atenção é constantemente desviada por chamados diversos, o que fragmenta sua ação e torna intermitente o seu envolvimento no processo decisório organizacional. Aproxima-se dos problemas à medida que estes vão surgindo, na busca de soluções baseadas em informações parciais, imperfeitas e de primeira mão, quase sempre envoltas por grandes incertezas.
A maioria dos gerentes dedica-se intensamente à função e preocupa-se com ela, inclusive fora dos horários normais de trabalho. Esses dirigentes revelam que gostariam de ser mais racionais, de ter mais tempo para pensar sobre o futuro e planejar, mas rendem-se à inevitabilidade da fragmentação e do imediatismo da função gerencial.
A função do dirigente é essencialmente voltada para a decisão. Por mais que os dirigentes compreendam bem os objetivos de sua empresa e julguem-se preparados para alcançá-los, sentem-se surpresos, todavia, com a natureza do processo decisório, ou seja, como fatores não controláveis conduzem o seu comportamento administrativo a formas