Gestor estratega
Chega. Chega de afirmações sobre a mutação irreversível do nosso planeta, no qual se quebram barreiras a uma velocidade alucinante. Chega de frases-feitas-certezas que nos bramam constantemente a chegada do meteoro que extinguirá os lentos e inadaptados. Chega de falar no futuro. Porque esse futuro já chegou. Porque é tempo de falar no presente – um presente venenoso que acabará por trucidar os incautos. E porque é neste combate visceral que nós, gestores de pessoas, poderemos actuar enquanto médicos das nossas enfermas organizações que persistem na sua autoflagelação mórbida que as atirará para a mais comum das valas de despojos empresariais.
É neste contexto de obrigatória vivência e convivência num presente futurista, que melhor se percebe a importância da estratégia certa e adequada. E é, igualmente, neste contexto, que ganha relevo o homem de recursos humanos dotado de uma holisticidade capaz de construir uma visão que ilumine o destino final da viagem estratégica que a empresa iniciará. E, aqui sim, estaremos a falar do verdadeiro futuro. Aquele que ainda não chegou; mas que chegará como nós o desejarmos.
O CONCEITO DE ESTRATÉGIA
Contudo, e apesar de a palavra estratégia implicar os tempos vindouros, torna-se inevitável o recurso a uma deslocação temporal até meados do século XX para se perceberem os diferentes significados dados à mesma palavra.
Sem surpresa, é após a Segunda Grande Guerra que o termo belicista estratégia começa a ganhar ênfase entre os estudiosos. Ao longo das décadas seguintes, vários foram aqueles que tentaram dar o seu contributo literário para a definição de estratégia.
Se é verdade que existem algumas divergências nessas definições conceptuais, aspectos há que coincidem entre as variadas opiniões. Por um lado, parece-nos claro e lógico que a gestão estratégica apenas fará sentido se apontar para o futuro, a médio ou longo prazo. Por outro, “todas as definições de estratégia assentam na inseparabilidade entre a