Gestao do conhecimento
CLUSTER é estratégia para a competitividade
Cresce no Brasil a divulgação da metodologia de gestão que articula empresas e organizações de uma mesma região para o desenvolvimento do segmento turístico
Fernando Porto
Concentração geográfica de empresas de um mesmo setor de atividade e organizações correlatas – como fornecedores de insumos e serviços, instituições culturais e de ensino, associações de classe – que competem, mas também cooperam entre si. A definição de cluster, do especialista norte-americano Michael Porter, resume a essência dessa metodologia de gestão adotada com sucesso por diferentes setores da economia e em diversos países. Porém, é necessário conhecer alguns de seus melhores exemplos para se ter a noção exata dos surpreendentes resultados.
Para começar, a evolução do cluster não envolve apenas as empresas do setor em questão, mas sim um agrupamento de atores empresariais e institucionais de segmentos distintos. Outro fato importante, destacado na definição de Porter, é a união de empresas concorrentes para um bem comum, que continuam disputando o mesmo mercado, mas que cooperam em metas que trazem ganhos mútuos – como por exemplo, a participação em feiras, o compartilhamento de fretes etc. –, aumentando a produtividade das empresas sediadas na região e estimulando a formação de novos negócios para fortalecimento do cluster.
Segundo Porter, apesar de os clusters existirem como conceito há centenas de anos, eles se tornaram essenciais e muito mais abrangentes no século 21, abrigando não somente grupos de indústria, mas também as empresas de serviços e até universidades. Essa fórmula consistente de crescimento “localizado” chamou a atenção da Organização Mundial de Turismo (OMT), que encomendou estudos a Michael Porter para que o setor quebrasse os paradigmas e permitisse uma visão compartilhada de futuro entre concorrentes, tendo a parceria certa com o poder público. Os estudos da empresa de Porter, a Monitor