Gera O Fast Food
O filme Geração Fast Food é baseado no livro “País Fast Food” de Eric Schlosser e tem a proposta de mostrar as diversas fases das indústrias alimentícias americanas. Os abatedores e produtores da carne utilizada nos hambúrgueres, os vendedores que fazem a intermediação entre os produtores e as grandes empresas e os empresários do ramo alimentício.
A descoberta de que a carne utilizada no mais famoso lanche da empresa, the big one, tem excesso de coliformes fecais e que isso gera grande risco a saúde dos consumidores trás a cena alguns personagens que podemos destacar: os imigrantes mexicanos que sofrem abusos na empresa; o funcionário que se julga atado aos fatos mas não pode mudar a situação sem colocar o seu emprego em risco; um funcionário que assedia moral e sexualmente as funcionárias da empresa, e um grupo de ativistas ecologicamente corretos que tentam lutar por melhorias.
O filme também retrata a realidade dos escravos mexicanos que invadem ilegalmente os
Estados Unidos à procura de melhores condições de vida, tendo que se submeter aos abusos da sociedade americana para sobreviver. E a exploração da mão de obra barata de tais imigrantes seguindo regimes de escravidão.
O “fast food” está relacionado, entre outros motivos, a rapidez com que a carne é processada.
A indústria para maior geração de lucros chega a se privar de normas higiênicas no intuito de agilizar a produção.
Porém a exploração da mão de obra imigrante por meio da escravidão e a crítica às indústrias que tem más condições de higiene não são os únicos focos do filme. Ele retrata a forma como o capitalismo tem influenciado o cotidiano das pessoas, que são submetidas a produtos de baixa confiabilidade e qualidade contestável. O capitalismo além de gerenciar os meios de produção também manipula a mídia e a forma com a qual os produtos são oferecidos pela mesma nos meios de comunicação.
A relação entre a impunidade e a prática de atos abusivos contra os imigrantes não somente