geografia
O espaço agrário brasileiro é caracterizado pelo subaproveitamento, sendo que menos de 8% da superfície total do país é utilizada para uso agrícola e mais de 70% do espaço são terras não aproveitadas e ecossistemas naturais.
A atual estrutura fundiária e suas implicações
A estrutura fundiária do Brasil é caracterizada pela concentração de terras.
A distribuição das terras conta com a presença de enormes latifúndios improdutivos ou voltados para a produção exportadora.
A partir da década de 70, tivemos uma expansão agropecuária em direção às regiões centro-oeste e norte, transformadas em fronteiras agrícolas e onde afluíram grandes capitais e com a leva de imigrantes. Essas terras foram usadas como fator especulativo devido à grande valorização ocorrida por causa dos grandes projetos governamentais implantados.
Os conflitos pela posse da terra no Brasil
Os conflitos não são recentes, sendo que a concentração fundiária foi iniciada no período colonial. Mas a situação se agravou nas ultimas décadas, assumindo contornos que se assemelham a uma verdadeira guerra civil.
O principal tipo de conflito é aquele que coloca frente a frente pequenos agricultores pobres, os posseiros e grileiros, que são especuladores e falsificadores de títulos de propriedades de terras devolutas (pertencem aos governos federais e estaduais).
O posseiro toma posse de uma determinada área e começa sua produção em busca de sustentar sua família, sem se preocupar de quem são aquelas terras. Daí surge o grileiro que percebe que aquela área esta ocupada por posseiros, ele contrata jagunços para expulsar de forma violenta os agricultores pobres e às vezes ainda contam com o auxilio da policia. Muitas vezes os grileiros usam documentos falsos para ganhar a terra disputada e em seguida loteá-la.
Na Amazônia os conflitos mais graves envolvem indígenas, madeireiros e garimpeiros.
Os conflitos de terra já deixaram milhares de mortos no país.
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