Geografia da saúde
Visão geral
Inicialmente referida como geografia médica,1 a geografia da saúde tem no modelo biomédico de saúde e enraizada no Positivismo Lógico o seu principio metodológico. Atualmente, existe uma enorme produção e contribuições sobre os vários métodos científicos que refletem a evolução desta ciência. O modelo social ou sócio-ecológico, por exemplo, adota uma abordagem holística à doença e às enfermidades.
É importante destacar que a geografia da saúde também procura compreender a dinâmica dos serviços de saúde, ao pensar o tratamento do indivíduo como um todo e não apenas de componentes do sistema. Desta forma, a organização dos serviços, a distribuição dos equipamentos e os indicadores de saúde serão objetos de estudo. Sob este modelo, novas doenças (por exemplo, doenças mentais) são reconhecidas, e outros tipos de medicina (por exemplo, as complementares ou alternativas) são combinadas com a medicina tradicional.
Essa abordagem metodológica permite a geografia médica e da saúde possa ainda incorporar filosofias como o estruturalismo, interacionismo social, feminismo, etc.
História da Geografia da Saúde
Uma pesquisa clássica na área da geografia da saúde foi realizada em 1854 quando a cólera se espalhou por Londres. Muitos estavam morrendo e a população temeu que estivesse sendo infectada por vapores vindos do chão. Dr. John Snow pensou que se pudesse localizar a fonte da doença, ela poderia ser contida. Elaborou mapas mostrando as casas das pessoas que haviam morrido de cólera e a localização das bombas de água. Ele descobriu que uma bomba, a bomba pública em Broad Street era central para a maioria das vítimas. Deduziu que a água infectada da bomba era a culpada. Ele instruiu as autoridades a remover o acesso à bomba, tornando-a inutilizável. Após isso o número de novos casos caiu.
História da Geografia