Geografia da fome

CARÊNCIA ALIMENTAR, PROBLEMA MUNDIAL

Maria Luiza do Carmo
Centro Universitário de Caratinga – Unec [e-mail] A fome, resultado da escassez de alimentos, apresenta-se de duas formas, a epidêmica, em períodos de desastres naturais ecológicos como as pragas, e a guerra; e a endêmica, a forma que mais ocorre nos dias de hoje, quando a comida não chega à mesa do indivíduo, seja por um problema social, econômico ou tecnológico, resultantes da desigualdade de renda (pobreza), da má utilização dos recursos naturais, do desgaste do solo causado pela agricultura extensiva: Plantation; pelos fenômenos climáticos que interferem na produção do alimento; e a utilização de produtos agrícolas para a fabricação de biocombustíveis.
A desnutrição ou a subnutrição, que atinge 800 milhões de pessoas em todo o mundo é um sério problema social que precisa ser analisado com cautela. Um relatório do Instituto Internacional de Investigação sobre a Alimentação com parceria com 03 ONGs apontou 26 países em situação crítica, entre eles a África-subsaariana, países como Etiópia, Moçambique, Mali, Chade e outros, Ásia, Afeganistão, Coréia do norte, Oriente Médio, Índia, Palestina, Iraque, Haiti e países da América Latina estão em situação dramática.
No Brasil cerca de 32 milhões de pessoas passam fome, e mais de 65 milhões de pessoas de alimentam de forma precária, principalmente no nordeste brasileiro. Em contrapartida, o país apresenta recordes agrícolas em seu amplo território, sua monocultura tem objetivo de exportação para países desenvolvidos, porém os lucros se concentram em apenas 10% da população.
O problema não é a produção insuficiente de alimentos, pelo contrário, produz-se suficientemente para alimentar toda população mundial, porém, o recente aumento dos preços dos produtos agrícolas constituem um fator atenuante ao problema.
A solução para o problema da fome parece distante e não passível de solução, programas de ajuda do governo, cestas básicas, e