Genôcidio negro.
Por:Tathiana Andrade Sanches tathisanches@hotmail.com O genocídio da juventude negra é polêmica constante, sendo alarmante a quantidade de vitimas. Há grande disparidade entre os índices de negros e brancos vitimas da violência, morrem proporcionalmente, duas vezes e meia mais jovens negros que brancos. A exclusão social a que está submetida à juventude negra revela a meu ver fortes traços de racismo, pois socialmente mais vulneráveis estes jovens têm maior possibilidade de se envolver com a criminalidade. Apesar de vivemos em um país que aparenta não ter conflitos étnicos, religiosos, raciais ou políticos, os dados indicam um número de mortes violentas, bem superiores ao de muitas regiões do mundo que atravessaram conflitos armados. Este fenômeno chamado de genocídio faz com que os movimentos negros enfatizem a urgência de políticas públicas que visem à redução da vulnerabilidade deste segmento da população. O Brasil com o seu sistema político, racista e militarizado, mostra-se distante de manifestar respeito a um direito essencial, que é o direito à vida e à segurança, sem distinção de raça ou cor, proclamada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, o poder público elegeu o negro e pobre da periferia como inimigo e alvo a ser atingido por meio da polícia. Temos mascaradamente uma pena de morte decretada no país. É vergonhoso vermos os noticiários demonstrando o sofrimento das famílias das vitimas e a impunidade de alguns assassinos, bandidos travestidos de policiais, que enojam e sujam toda uma corporação com atitudes praticadas contra esta camada da população. Até quando iremos assistir ao genocídio se espalhando por essa terra tão ingrata? A justiça brasileira tem que retirar a venda dos olhos, pois o genocídio do povo negro é a face mais cruel e latente da incapacidade que o Brasil carrega até os dias de hoje de superar o pesadelo da escravidão, e a perpetuação do racismo. É por causa da cor que estes jovens estão