Ensaio
Lívia de O. Almeida - RA: 106106
Dezembro/2014
Para que possamos realizar uma investigação acerca da possibilidade de ensino da disciplina de Filosofia é importante termos claro o que ela é e quais são seus propósitos. Percebemos que, em sala de aula, a disciplina de Filosofia pode suscitar nos professores dúvidas em relação aos reais objetivos e as melhores maneiras de abordá-los. O caderno do aluno com o material proposto direciona a disciplina a partir de um critério não muito bem definido. É comum notarmos reclamações sobre a metodologia proposta, visto que parece abranger muitos conteúdos distintos em um período de tempo curto. Assuntos estes que em vários casos são de áreas completamente distintas (não parecendo haver uma sequência na aprendizagem) e que parecem não coincidir com as necessidades dos alunos (por exemplo, no livro do 3º ano, encontramos a proposta de um levantamento prévio acerca do que acreditam ser a disciplina de Filosofia, após terem dois anos da mesma). Há muito que se discute o que é a Filosofia sem que houvesse respostas certas ou erradas, mas inúmeras respostas possíveis. De modo que, para que possamos dar uma resposta plausível para tal pergunta, e cabe ressaltar que não se trata de uma simples pergunta, mas um próprio problema filosófico, é preciso delimitar um conjunto específico de abordagens em toda extensão de possíveis respostas que atendam ao nosso propósito, caso contrário tal investigação correria o risco de se transformar em palavras bonitas que, todavia, não nos encaminhariam para caminho algum. Para isto, nos focaremos em explorar respostas que admitem que a Filosofia é passível de ser ensinada e não apenas ensinada em geral, mas ensinada nas escolas.
Abordaremos, para isto, duas possibilidades de concebermos a disciplina de Filosofia, que a princípio parecem ser incompatíveis entre si: pode ser entendida como aquela que (a)