Genética do Câncer
O câncer é um processo natural do envelhecimento. É uma doença atípica, presente nas células somáticas.
Oncogenes: a ativação desses genes gera a proliferação celular. No estado normal, eles encontram-se silenciados. A mutação em tais genes levam a ganho de função. Herança dominante pois necessita de apenas um gene mutado para que ganhe função.
Supressores de tumor: quando é mutado ocorre a perda de função, contribuindo para a proliferação celular. Herança recessiva pois necessita que os dois genes sejam mutados para que se perca a função.
=> Eventos genéticos
Categoria de genes:
Gate Keepers ou genes protetores: são genes de suscetibilidade para o câncer que regulam diretamente o ciclo celular.
Care takers ou genes de manutenção: genes que atuam reparando danos no DNA, mantendo a integridade genômica e evitando a instabilidade genética.
Sozinhos não induzem a neoplasia, pois alterações nesses genes não conferem vantagem.
=> Hipótese de Knudson
Para um tumor se desenvolver, é necessário o acúmulo de mutações em genes responsáveis pela homeostase celular.
• Exemplo : via do retinoblastoma
RB1 possui ausência ou redução da função, dessa forma ele deixa o E2F livre. Tal molécula é responsável por levar o sinal que faz com que a célula se divida.
=> Genes e herança do câncer
Familial: já herda a mutação germinativa e depois ocorre a somática (tempo curto).
Esporádico: só em célula somática (leva muito mais tempo para o tumor aparecer).
• Exemplo: via do BRCA1/BRCA2 – câncer de mama.
Mutações no gene BRCA são autossômicas e dominantes.
Algumas mutações aumentam a proliferação celular criando uma população-alvo maior para a mutação seguinte.
Algumas mutações afetam a estabilidade do genoma inteiro, ao nivel do DNA e dos cromossomos, aumentando a taxa geral de mutações.
=> Ativação de proto-oncogenes
Fusão do BCR com o ABL faz com que o cromossomo 21 fique muito mais ativo. Ou seja, existem translocações