Genética comportamento animal
Dentro dos estudos da genética, a análise do comportamento sempre foi um grande desafio, com questionamentos complexos que dificultam o pleno entendimento dessa vasta área do conhecimento. A pesquisa do comportamento animal sempre foi seguida de muitas dúvidas: como se determina o comportamento? Existem outros fatores que influenciam na determinação da conduta, como o ambiente ou aspectos fisiológicos?
Os experimentos envolvendo essa vertente da genética do comportamento são complexos, pois a conduta animal não se restringe apenas a um gene, abrangendo a diversos outros genes associados a determinado modo de agir. Dois patamares da genética são utilizados para a elaboração das pesquisas: a genética quantitativa e a genética molecular. A quantitativa engloba os fatores externos (como o ambiente) que influenciam o comportamento do indivíduo, enquanto que a genética molecular leva em conta a hereditariedade, identificando genes específicos. As pesquisas envolvendo a variabilidade genética dentro de uma mesma espécie geralmente se dão focadas em uma característica em particular, seja para aprimorá-la - cruzando os que apresentam a característica entre si, seja para extingui-la, cruzando “entre si” indivíduos que não apresentem a característica em questão para tentar eliminá-la nas próximas gerações.
Para ilustrar essa situação, podem-se citar os experimentos genéticos que deram origem às diversas raças de cães. Os cães foram selecionados tanto pelo seu comportamento quanto pela sua aparência. Algumas raças foram especialmente seletadas para atividades como a caça, o pastoreio, ou ainda trabalhos domésticos. Por isso é tão comum vermos hoje cães com temperamentos tão diferentes. Embora todos pertençam à mesma espécie, os comportamentos (agressividade, emotividade, inteligência) divergem entre as raças de maneira evidente. E essas divergências foram selecionadas propositadamente, com o intuito de destacar