Gentileza ou assedio
REVENDO A HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO: OS MODELOS DE GESTÃO.
A administração enquanto “atividade” sempre existiu, desde que o homem passou a planejar e organizar seu tempo, suas tarefas, seus recursos. Enquanto ciência a administração se desenvolveu no interior do modo capitalista de produção, e contribuiu para potencializar o desenvolvimento desse modo de produção.
Na passagem do feudalismo para o capitalismo, um novo processo de produção se estrutura, a manufatura. Veremos que com a manufatura os operários passam a vender sua força de trabalho, gerando um excedente: o lucro. Vamos encontrar aí o surgimento da figura do patrão, do administrador, do capitalista.
Daí em diante as organizações passam a se aperfeiçoar cada vez mais, num processo contínuo, para atingir seus resultados, para assegurar o lucro dos proprietários das firmas e para aumentá-lo.
E a administração pública? Como foi acontecendo essa evolução da administração no âmbito do Estado? Vamos voltar de novo no tempo e na história.
No feudalismo tínhamos o Estado Monárquico. O Estado era o rei, haviam senhores dos feudos e servos. Os servos trabalhavam na terra dos senhores. O excedente da produção nos feudos era trocado, depois vendido nos entroncamentos, onde foram surgindo os burgos, vilarejos. Foi dos habitantes dos burgos que veio a denominação burgueses.
Essa nova classe social não tinha laços com o regime monárquico e não vivia da terra. Será a burguesia que mais tarde, em 1789, ao fazer a Revolução Francesa, vai exigir a criação de um outro Estado, o Estado de Direito, com os princípios que conhecemos até hoje. Surgirá a noção de cidadania – na origem o habitante da cidade – e a constituição, como carta magna.
Daí em diante o quê vai acontecer é que o Estado terá que desenvolver formas de se organizar para cumprir o quê a constituição determina e começam a surgir estruturas do Estado com a finalidade de realizar atividades de interesse público, realizadas