Genese e implantação dos fascismos
O Estado Totalitário Fascista
A doutrina Fascista apoia-se nos seguintes princípios:
1. Na primazia do Estado sobre o indivíduo, que lhe deve ser totalmente subordinado. O Totalitarismo do Estado fascista é político (não pode haver oposição), económico, social e intelectual, isto é, tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado (Mussolini). Na Alemanha a realidade fundamental é o povo (Volk), a raça alemã, isto é, a mística do Estado na Itália fascista acrescentou o nazismo a mística da Nação.
2. Numa ordem antiliberal, antiparlamentar, antidemocrática e antissocialista (Mussolini), que condena a democracia e o sufrágio universal que considera irresponsabilidade colectiva, mera tirania do número, quer para Mussolini, quer para Hitler. Assim são as elites – os mais aptos – que devem governar. Os governantes fascistas são promovidos a heróis nacionais e a raça ariana na Alemanha é a raça dominante, onde estavam incluídas forças militares, filiadas no partido, e homens (a mulher era considerada subordinada ao homem).
3. No culto do chefe (chefe carismático), que é um homem excepcional, super-homem a quem todos devem obediência – “Acreditar, Obedecer, Combater” (Mussolini) – e amar – “Um Povo, Um Império, Um Chefe” (Hitler). Mussolini e Hitler rodeiam-se de uma poderosa máquina de propaganda, de grande espectacularidade, que os transforma em chefes carismáticos[1] capazes de provocar o histerismo colectivo.
4. No enquadramento das massas de forma a conseguir uma nação submissa mas com alma colectiva. Desde a infância que as ideias fascistas eram transmitidas pelas Juventudes Fascistas e Hitlerianas e pela escola subserviente aos regimes de modo a formar cidadãos com o culto do Estado e do seu chefe, amantes do desporto e da guerra. Apesar destes regimes contarem com uma base social de apoio vasta – por que a classe média pretendia emprego e segurança, os quadros dirigentes da economia, do exército,