Genero e sua influencia na vida escolar do aluno
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GÊNERO E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA ESCOLAR DOS ALUNOS Para Marília P. de Carvalho – USP, quando falamos de gênero na educação, quase sempre dois assuntos são evocados de imediato: questões ligadas à sexualidade e a constatação de que a grande maioria dos professores e educadores de educação básica no Brasil são mulheres, numa proporção que aumenta conforme diminui a idade dos alunos atendidos, a chamada “feminização” do magistério. Os dois temas são importantes, mas o debate sobre gênero vai muito além deles. Gênero não é sinônimo de mulheres, sejam professoras ou alunas, incluem homens, mulheres e também símbolos ligados pelo senso comum à feminilidade e masculinidade, símbolos que não tem nada a ver com sexualidade ou reprodução.São por exemplo:cores, astros celestes, espaços sociais,características humanas ou ocupações,apenas para citar alguns. No final dos anos 60, feministas de língua inglesa, para combater a força da categoria sexo, buscou enfatizar a dimensão social do gênero. Ao longo da segunda metade do século XX, dados do Ministério da Educação (MEC) e do IBGE , nos mostram que a lenta democratização da educação brasileira, beneficiou de forma marcante as mulheres, em relação ao homem, tanto ao que se refere ao analfabetismo como no atraso escolar, pesquisa realizada entre brancos e negros. Cerca de 3% dos alunos entre 7 e 14 anos estão fora das escolas, e alguns milhões de alunos com mais de 14 anos ainda estão no ensino fundamental devido a sucessivas repetências. A primeira grande desproporção entre rapazes e moças que frequentam o ensino médio são as altas taxas de analfabetismo entre homens jovens no Brasil. Isso é familiar a todos os educadores e educadoras, que já se depararam com classes de reforço ou de repetentes formadas na sua grande maioria por meninos e rapazes, quase todos negros e de família de baixa renda. Uma das explicações para que meninos tropecem mais nas escolas, é a grande presença