Intervenções grupais e a construção da relação de gênero e sexualidade na escola em tempo integral.
Joana D`arc Moreira Alves psicojoanadarc@yahoo.com.br Este estudo consiste na revisão bibliográfica acerca do trabalho com intervenções grupais e a possibilidade de implantação do mesmo na escola pública que funciona em tempo integral, para trabalhar com o tema gênero e sexualidade, dentre outros. Visando este objetivo, primeiramente foi explorado nesse texto o conceito de grupo conforme a visão da Fenomenologia, especialmente no que se refere à Gestalt-Terapia. Assim, faz-se necessário expor como um indivíduo estabelece relações e interações com outras pessoas dentro de um grupo - seja ele tido como terapêutico ou não - e com o meio em que vive, bem como os mecanismos que ele pode desenvolver, as mudanças que podem ser observadas nos relacionamentos interpessoais no grupo, com o passar do tempo. Neste sentido, esse estudo visa uma reflexão sobre o funcionamento grupal e alguns dos benefícios que o cliente-aluno pode obter a partir dessa modalidade de atendimento, sobretudo no que diz respeito à construção da relação de gênero e sexualidade na escola pública integral.
Palavras-chave: Fenomenologia; Intervenções Grupais; Escola Integral.
Introdução Desde o nascimento, por ser social, o ser humano está inserido em um grupo chamado família, mas a história de vida de uma pessoa perpassa pelo pertencimento a inúmeros grupos sociais. À medida que o tempo passa, ela começa a fazer parte de outros grupos, como a escola, igreja, vizinhança, aonde vai se relacionando e aprendendo, adquirindo assim seus valores, conceitos e construindo sua personalidade. É dessa forma, estabelecendo relações no decorrer da vida que a pessoa, aos poucos, elabora diversas maneiras de colocar-se no mundo, num processo contínuo, onde entra em contato consigo mesma e com as outras pessoas, nos diferentes grupos sociais dos quais participam.