A importância de o crescimento de pelos pubianos para o sexo masculino
Aurino Lima Ferreira1
Paula Roberta Vieira Eskinazi2
Tâmara Cristine Gomes Bezerra3
1. Introdução
No “Relatório para a Unesco da Comissão Internacional Sobre Educação para o Século
XXI”, contidas no livro “Educação: um tesouro a descobrir”, Jacques Delors (2003), aponta-se como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida fundada em quatro pilares que são ao mesmo tempo pilares do conhecimento e da formação humana. São eles: aprender a ser, aprender a viver juntos, aprender a fazer, aprender a conhecer.
Na linguagem de Delors (2003), uma educação do aprender a ser objetiva desenvolver a personalidade, expandindo os seus potenciais de forma a poder cada vez mais usar a sua capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade consigo e com o outro.
Neste texto, exploraremos o trabalho realizado em das comunidades mais estigmatizadas do Recife: o Coque. Neste lugar se vive o Grupo de Crescimento Psicológico como um dispositivo facilitador do aprender a ser, através da vivência de práticas de “cuidado de si” capazes de ajudar na resistência frente à violência que se manifesta de forma epidêmica entre a juventude. A escolha do trabalho de grupo em comunidade retoma as idéias de Góis (1993), sobre a
Psicologia Social Comunitária como uma área da Psicologia Social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade. Articulando o espaço comunitário e grupal como capaz de desenvolver a consciência dos moradores como sujeitos históricos, críticos e comunitários, problematizando seus modos de aprender a ser.
Neste sentido, buscaremos inicialmente destacar o campo de trabalho da pesquisa, seguido de uma breve apresentação do dispositivo funcional do Grupo de Crescimento. Logo após, será apresentado o espaço grupal como um meio de cuidado de si e reflexões sobre