gelidas lembranças
Lembranças de um cronista crítico Ferreira Gullar que ao ver pela televisão as cidades norte-americanas soterradas sob a neve,mostrando cidadãos apreensivos, temendo que a temperatura baixasse ainda mais, já que em alguns lugares por volta de 50 graus abaixo de zero. Trouxe a Ferreira lembranças do tempo em que passou em Moscou suportando todo aquele frio, metido em ceroulas de lã,calças, cachecol, paletó e capote, ao contrario do seu País, clima tropical de um calor intenso com sensação térmica de 50 graus acima de zero, totalmente adverso daquele sensação de esta congelando em Moscou.
No ano de 1970, o inverno chegava e Ferreira foi informado pelo chefe de seu coletivo que iam receber roupas especiais para enfrentar o frio do inverno russo, estaria indo novamente para um clima que não tinha nada a ver com sua origem tropical, se vendo novamente metidos nas ceroulas de lã, calças de lã, suéter e paletó grosso e pesado, que só de andar uma quadra morreria de cansaço causado pelo frio intenso e roupas pesadas, é isso que dá se meter em política.
A sorte é que passava o dia todo na escola do partido escutando a lição dos professores, a ultima coisa que ele queria era sair á rua a não ser quando terminava as aulas e já era noite, voltar para casa era barra pesada de tanto frio.
Dizia Ferreira: Que diabos vim fazer nessa cidade congelada, pergunta que cessou ao conhecer uma linda russa de olhos azul-violeta que só nascem nas cidades geladas como Moscou, foi tanta empolgação que os levaram a um passeio em Leningrado ainda mais frio que Moscou, foram ao teatro Bolshoi para assistir ao balé famosos no mundo interio, fumar na rua era impossível se puxasse o ar frio pela boca ganhava uma pneumonia.
Ao chegar no teatro, quando entrou no hall seu paletó parecia uma placa de gelo se batesse nele partiria em pedaços.
É impossível não perguntar o que ocorre com nosso planeta, no final das contas quem está com a razão, os que dizem que o planeta