o seminarista B.G
1957 palavras
8 páginas
presiso de uma resenha dos sguintes capitulos do livro o seminarista de bernardo guimaraes 7,8,9,10ak vai o 7 mas tem o resto todo
Eugênio entrou para o salão mergulhado num pego de dor, de vergonha, de terror, e sofrendo o embate de mil diversas e violentas impressões. Seus companheiros de salão olhavam para ele cheios de pasmo.
Em que grave falta teria incorrido aquele bom menino tão dócil, tão sossegado e estudioso?
- Se aquele, que é um santinho, e nunca falta às suas obrigações, está sujeito a estas, que será de mim, que nem por isso dou muito boas contas de mim, e não sou lá das melhores fazendas! - Assim cada um deles transido de medo pensava em sua consciência.
Eugênio vendo a atenção de que era objeto da parte deles, quereria afundar-se cem braças pela terra abaixo.
Aquele estranho acontecimento vinha despertar em seu espírito uma multidão de idéias e reflexões novas, que lhe tumultuavam no cérebro, e o punham na maior tortura e confusão. Não compreendia que mal pudesse haver em querer bem a uma menina e em fazer-lhe versos. Bem sabia que tinha de ser padre, e esse era o seu mais ardente desejo, sabia igualmente que o padre não pode casar-se, e muito menos amar uma mulher qualquer; mas nunca lhe passou pelo espírito a idéia de casamento com Margarida, nem com quem quer que fosse, nem tampouco que aquela afeição que consagrava à menina fosse o que se chama amor. Ficou portanto confuso e aterrado, quando aquele sentimento, que lhe parecia tão inocente e sem conseqüência, lhe foi exprobrado como um crime hediondo, um sacrilégio, uma ofensa enorme feita à divindade.
Repugnava-lhe semelhante idéia, mas entretanto sentia que era forçoso curvar-se a ela e submeter-se aos ditames do seu diretor. Mas esquecer-se de Margarida, renunciar para sempre àquela afeição tão pura e suave, que até então lhe havia embalsamado, a existência com os seus eflúvios celestes, e que constituía por assim dizer a seiva de seu coração, o perfume de sua alma,