Gastronomia paulistana
A cozinha da cidade tem como base a cozinha paulista, que carrega as características do início do povoamento da capitania de São Vicente.
Virado, cuscuz, moqueca indígena, afogado. A cozinha paulista tem uma tradição iniciada nos primórdios da colonização do Brasil, oferecendo uma grande variedade de opções, oriundas, como tudo em São Paulo, da mescla cultural dos diversos povos que construíram essa terra de progresso e gente guerreira.
Outra característica importante na cozinha paulista é a forte presença do milho, feijão e abóbora. Os bandeirantes, em suas expedições, plantavam estes alimentos durante seu percurso para comer no retorno das longas viagens - e tal plantio servia também aos próximos aventureiros. E foi nessa época de desbravamento que surgiu o famoso virado, uma mistura de farinha de milho com feijão ou galinha que os paulistas levavam embrulhado em um pano.
A escravização do negro africano enriqueceu ainda mais nossa gastronomia: carne-seca, pimenta e inhame foram assimilados ao paladar paulista. Foi o último "tempero" para concretizar a culinária paulista.
Até 1800, aproximadamente, a cozinha paulista reinou. O crescimento da produção de café, entretanto, modificou este cenário: os barões de café, ao retornarem das viagens, traziam novos hábitos alimentares, como molhos espelhados na cozinha francesa e outros ingredientes. Foi o primeiro passo de "internacionalização" da cozinha local.
A cozinha paulistana teve, e ainda tem, muito da culinária paulista - o famoso picadinho de carne, por exemplo, ainda se mantém nos restaurantes da cidade. Atualmente, a mistura de povos fez de São Paulo uma das cidades mais saborosas do país, com cerca de 560 mil trabalhadores espalhados nos 70 mil bares e restaurantes da cidade.
A urgência de mão-de-obra nas lavouras de café abriu as portas para os imigrantes: espanhóis, poloneses, japoneses, alemães, libaneses e vários outros chegam à chamada "Terra das Oportunidades". Essa fusão de