Gardner
Gardner salienta a problemática que envolve o desenvolvimento dos sistemas educativos, pela falta de uma visão a longo prazo para uma educação mais eficaz, em que normalmente se assiste aos discursos “vazios” dos governantes quando referem os seus objetivos para a educação. Uma das finalidades do seu livro “Cinco Mentes para o Futuro” é propor que sejam formulados objetivos educacionais para o futuro com bases sólidas que correspondam às verdadeiras necessidades das sociedades atuais.
Nesta obra, Gardner associa a globalização mundial à convergência dos currículos escolares em várias partes do mundo. Países de vários continentes têm nos seus currículos as mesmas disciplinas e critérios para avaliar o desempenho dos seus alunos baseados nas mesmas disciplinas (História, Matemática, Ciências e Escrita).
Segundo Gardner, a realidade educativa tem sido alvo do conservadorismo das instituições educativas que continuam a preparar os alunos para um “mundo do passado” (2006, p.27). Na sua opinião, o ensino formal continua a ter um discurso de retórica, em que se sobrevalorizam os “padrões de qualidade mundial” e os “currículos interdisciplinares”, verifica-se uma quantificação das disciplinas nas escolas que não corresponde às necessidades do futuro.
Para Howard Gardner, os métodos adotados para ensinar ciências não devem ser transferidos para as áreas do conhecimento como as artes, a educação cívica, a ética, a educação física, etc. É preciso ensinar com bom senso, não adianta tentar quantificar tudo, conseguir explorar adequadamente as diversas matérias continua a ser um desafio no nosso tempo. As instituições escolares reconhecem a importância da