Gabriel Tarde
CAMPUS PANTANAL
HISTORIOGRAFIA
PROFESSOR: SHABIB
CURSO: HISTÓRIA
ACADÊMICO: DIEGO FERNANDO DA SILVA
Sociólogo e criminologista francês, Jean-Gabriel de Tarde nasceu em 1843 e faleceu em 1904. É recordado, sobretudo pela polêmica que o opôs a Émile Durkheim. Ao contrário deste, Tarde enfatiza, na ação social, os indivíduos e não o poder de coerção exterior que se lhes impõe. Insere, assim, um cunho psicologista que nega a autenticidade do social, razão pela qual é visto não como um sociólogo, mas como um precursor da psicologia social. No campo da filosofia social, Tarde desenvolveu uma teoria segundo a qual o processo da história social corresponde a um ciclo infinito onde a inovação se faz com base na imitação. Para este autor, os hábitos existem porque as invenções se sucedem e repetem por imitação. Tudo o que é criado é na verdade produto da imitação e é conforme a capacidade de aceitação da sociedade que envolve o criador. Tarde admitia que pudessem resultar conflitos deste processo de inovação pela imitação.
Tarde reduziu os fenômenos sociais a processos mentais, principalmente à imitação, que teria sua origem na invenção. Esta produtora das transformações sociais, seria individual, dependo de poucos, enquanto a imitação, coletiva, necessitando sempre de mais de uma pessoa. Assim, o processo social caracteriza-se pela 'invenção' de poucos e 'imitação' de mitos.
Portanto, para o sociólogo francês Gabriel Tarde, não há vida social sem imitação. Na sua definição, sociedade é "uma coleção de seres com tendência a se imitarem entre si, ou que, sem se imitarem, atualmente se parecem, e suas qualidades comuns são cópias antigas de um mesmo modelo." Tarde vai além, de forma bem clara: "nós imitamos os outros a cada instante, a não se que nós inovemos o que é raro." Muito raro: "pois nossas inovações são em sua maior parte combinações de exemplos anteriores" e "permanecem estranhas à vida social se não forem