A opinião e as massas - gabriel tarde

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA SOCIAL III
Turma 2010/2
DISCENTE: Ivana Maria Kernitskei e Silva
DOCENTE: Dolores Galindo

Nota de Leitura sobre Introdução, Prefácio e Capítulo I do Livro O Público e a Multidão de Gabriel Tarde.

Gabriel Tarde escreveu esta obra em 1901 e inicialmente apresentou-a em forma de artigos, representando um marco na teoria sociológica do grande número através de “A opinião e as massas”.
Segundo a Teoria tardeana da opinião, as ideias e as opiniões não são de seu autor, já que não são inventadas, mas sim descobertas e estão em número limitado. Assim como uma comunidade não inventa seu destino. Além disso, para ele, a sociedade deve ser composta por um grupo numeroso o suficiente para que as principais variedades morais da espécie humana possam surgir. É através da ideia de eclosão que Tarde explica a “descoberta” das ideias, como ideia do inventor.
Quando trata da invenção da opinião, Tarde pontua que esta acontece em um cérebro, que serve de ligar que possibilita a produção de encontros de diversos fluxos sociais que dão origem a uma nova opinião desconhecida de todos que depois se converte em fluxo social. Ademais, quando Tarde discorre sobre o conceito de “cruzamento feliz”, fala sobre um indivíduo que encontra uma ideia, daí o aspecto individualista, o encontro da ideia com o sujeito. A partir desta teoria, é possível afirmar que não há interioridade do produtor, mas sim uma adequação à exterioridade, uma natureza da qual o indivíduo é apenas um elemento.
Para Tarde, as novas opiniões e atitudes não são resultantes de uma razão particular, mesmo quando há uma influência do meio, do passado, da formação, da discussão, etc. Neste caso, o produtor das ideias pode ser tido como um mecanismo instrumentalizado que está submisso a uma demanda imperiosa. Já a invenção é uma forma de simpatia entre o homem social e a Natureza, que propicia um “feliz cruzamento” ao