Fístula traqueo-esofagica em neonatos
Para crianças com atresia esofágica (AE) ou fístula traqueoesofágica (FTE), os primeiros anos de vida podem se associar a muitos problemas. Pouco se sabe sobre a evolução das crianças submetidas a reparos destas desordens quando neonatos. Num estudo publicado no Journal of Pediatric Surgery, os autores objetivaram avaliar a evolução e as sequelas das crianças com AE/FTE.
Foram revistos prontuários de crianças com anomalias esofágicas de maio de 1972 a dezembro de 1990. Os parâmetros de estudo incluíram características demográficas, disfagia, infecções respiratórias frequentes (> 3/ano), doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), episódios frequentes de engasgo, perda de secreção, constrição e atrasos de desenvolvimento (peso, altura < 25%, < 5%, respectivamente).
Durante 224 meses, 69 crianças ( 37 meninos e 32 meninas) foram identificados: tipo A, 10 crianças; tipo B, 1; tipo C, 53; tipo D, 4; tipo E, 1. O tempo médio de seguimento foi de 125 meses. Durante os primeiros 5 anos de avaliação, a disfagia (45%), infecções respiratórias (29%) e DRGE (48%) foram comuns bem como os atrasos de desenvolvimento. Estes problemas melhoraram com o amadurecimento das crianças.
Os autores concluíram que as crianças com anomalias esofágicas enfrentam muitas dificuldades durante o reparo inicial e frequentemente encontram problemas nos anos posteriores. Apesar do retardo de crescimento, desordens de motilidade esofágica e infecções respiratórias frequentes, as crianças com atresia de esôfago e fístula traqueoesofágica continuam a ter uma evolução favorável a longo prazo.
Definição medica:
Comunicação anormal que se estabelece entre o esôfago e a traquéia, que pode ser congênita ou adquirida.
Diagnóstico:
O diagnóstico apoia-se em sintomas de presunção que sinais de certeza podem rapidamente confirmar.
Fazer o diagnóstico de atrésia esofágica antes do 3º ou 4º dia deve ser o objetivo a atingir por todo aquele que lida com o recém-nascido.
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