ARTRESIA
A atresia de esôfago (AE) é uma afecção congênita caracterizada pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. Durante a 3º e 4º semanas de gestação a porção cranial do intestino primitivo, por meio da formação de um entalhe lateral que, conforme seu desenvolvimento, vai dividindo formando anteriormente a traquéia e posteriormente o esôfago. A incidência de AE varia de 1:2500 a 4500 nascidos vivos. Estudos populacionais mostram uma discreta predominância de AE no sexo masculino com uma taxa de 1,2 sobre o sexo feminino.
A chance de ocorrência de AE é maior em fetos na primeira gravidez, nas gestantes com idade avançada, com diabete melito e naquelas sofreram exposição prolongada à droga tais como contraceptivos orais e talidomida).
Anomalias cromossômicas ocorrem em 6,6% dos portadores de AE, sendo as mais conhecidas as síndromes de Patau, Edward e Down, respectivamente trissomias dos cromosomos 13, 18 e 21. A AE é acompanhada de 40 a 57% dos casos de outras malformações investigando 253 neonatos encontraram 122 deles (48%) com malformações, encontrando ao todo 213 malformações sendo 29% cardiovasculares, 14% anomalias anorretais, 14% geniturinárias, 13% gastrintestinais e 10% de associação de VATER ou VACTERL.
A incidência das malformações cardíacas, maior responsável pela mortalidade das AE, varia de 11 a 44%. Os defeitos do septo ventricular, a tetralogia de Fallot e a coarctação da aorta são as malformações cardíacas mais freqüentes.
DIAGNÓSTICO
No período pré-natal o feto portador de AE pode ser identificado à ultra-sonografia por apresentar diminuição ou ausência da bolha gástrica, associado à presença de polidrâmnio (aumento do líquido amniótico). Ao nascimento, o diagnóstico de AE é feito na sala de parto pelo Neonatologista devido à impossibilidade de progressão da sonda oro-gástrica, sendo a manifestação clínica mais comum do diagnóstico a excessiva salivação (D), presente nas primeiras horas de vida. Quando não