Fé e razao
i
i
i
“A relação protensiva entre Fé e Razão na Filosofia Medieval”
António Amaral
2003
www.lusosofia.net
i
i i i
i
i
i
i
i
i i i
i
i
i
i
“A relação protensiva entre Fé e
Razão na Filosofia Medieval”∗
António Amaral
Índice
Introdução
1
I. Formação do problema: Tardo-helenismo e proto-cristianismo
– transição crítica
2
II. Formulação problemática: Gnose – mediação instável
4
III. Formalização problematológica: Fé e razão
– sinergia possível
7
Conclusão
10
Introdução
Embora o título da minha comunicação surja divulgado sob a epígrafe de “O círculo na Filosofia Medieval”, desejaria, contudo, que o seu sentido mais profundo aflorasse sob o mote “A relação protensiva entre Fé
∗
Texto de Comunicação proferida no âmbito do Colóquio “O círculo hermenêutico entre Fé e Razão”, co-organizado pela Área Científica de Filosofia da FCH e pela Faculdade de Teologia na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa 22 Maio
2003, publicado com pequenas correcções e alterações in REIMÃO Cassiano (org.),
O círculo hermenêutico entre a fé e a razão, Lisboa: Universidade Católica Editora,
2003, 31-39.
i
i i i
i
i
i
i
2
António Amaral
e Razão na Filosofia Medieval”. No convívio com textos significativos da tradição filosófica medieval, dei-me fé, e por isso vos devo razões, de que a morfologia circular não possui elasticidade suficiente para conter num só gesto o sentido da relação entre fé e razão, nesse período concreto. Entenda-se: não digo que a imagem do círculo escamoteia liminarmente a possibilidade interpretativa de tal relação, parece-me é que ela não é portadora uma valência unívoca para captar só por si aquilo que, no fundo, exibe um processo de fisionomia variável. Sem necessidade, portanto, de desfigurar ou liquidar o alcance hermenêutico da circularidade, à luz da qual fomos convocados (ainda por cima para o limiar de uma mesa que dá pelo nome