Fé e razão
Seguindo o contexto dos significados, fé é acreditar no que não se vê; adesão absoluta do espírito àquilo que considera verdadeiro. Já a razão é a capacidade da mente humana por meio da qual se pode conhecer.
Há quem afirme por um lado que fé e razão são caminhos opostos, uma não pode preceder a outra nem tão pouco se complementam. Por outro lado, há quem defenda que uma é parte da outra, se completam. A verdade é que fé e razão se convergem, uma não pode existir sem a outra, pois, a fé explica a razão assim como a razão é a fundamentação da fé.
A teoria de Santo Agostinho que diz “creio para entender e entendo para crer”. Para ele há uma conexão entre fé e a razão. A fé deve iluminar a razão, sendo que o homem não pode conhecer a Deus se não estiver influente da graça de Deus. De forma que quanto mais ele conhece a Deus, mais ele crê e O ama, fundindo assim intelecto e sensibilidade. Uma vez que a razão não for iluminada e orientada pela fé, não poderá conhecer a verdade, ou seja, a fé em Deus não pode crescer se não for iluminada pela razão.
Na encíclica de João Paulo II há uma reflexão sobre o tema da relação entre fé e razão, citando as consequências negativas da separação entre ambas. Nela, João Paulo II diz que, embora possa parecer paradoxal a alguns, a razão encontra o seu apoio na fé, ao passo que a fé cristã por sua vez, tem necessidade de uma razão que se fundamente na verdade para justificar a plena liberdade de seus atos.
O papa vai além ao enfatizar que “é ilusório pensar que a fé teria mais penetração se defrontasse apenas com uma razão débil; pelo contrário cairia no grave perigo de ver reduzida a um mito ou superstição. Da mesma maneira, uma razão que não se deparasse com uma fé adulta não seria estimulada a fixar o olhar sobre a novidade