1) O homem é um ser de relação, portanto, vive em uma sociedade, na qual interage com outros seres humanos. Essa situação exige que o homem desenvolva competências em dois aspectos: a sua formação pessoal, para desenvolver suas potencialidades próprias, e uma formação social, a partir da qual ele possa se relacionar com as outras pessoas, isto deste a antiguidade. E por falar na antiguidade, duas das civilizações que deram grande contribuição histórico-filosófico sobre a educação são o Egípcia e a Grega. Estes conhecimentos deixados vêem sendo transmitidos e aprimorados de geração para geração. Este processo porém, requer instituições pedagógicas organizadas. Todavia, não se encontra, nesse período, um sistema educacional organizado, mesmo porque a pedagogia dava seus primeiros passos. Em relação aos gregos, antigos no processo educacional, se revelaram mais progressivos do que os egípcios ao elevarem o homem comum como principal protagonista do cenário histórico. Trata-se do ideal democrático. O homem torna-se cidadão e requer um completo desenvolvimento dos seus dons naturais e das suas potencialidades. Juntamente com essa nova forma político-social, surge, também, um novo ideal de homem e a necessidade de uma nova forma de educação, uma Paideia. Aliado a esta nova concepção, temos de destacar o papel dos sofistas, mestres profissionais que pretendiam responder aos novos desafios do homem livre. Eles prometiam, em troca de dinheiro, tornar apta qualquer pessoa que quisesse se dedicar à vida pública. Esse comportamento propiciou a criação de escolas nas quais se preparava o discípulo para o ingresso na vida social e se dedicava especial importância para a oratória, conhecida como a arte do bem falar e da disputa. Sócrates, diferentemente dos sofistas, se interrogava sobre a natureza comum aos homens, sua essência. Esta segundo afirmava o velho mestre, era a moral. Não uma moral dos costumes, mas a moral interna, o dever, que a própria consciência dita.