Fundamentação histórica sobre a produção escolar
Tomou-se como fundamento a obra O Capital, de Marx, porque ela expõe como a Revolução Industrial e as conseqüências dela nas relações de trabalho influenciaram na produção da clientela escolar. Foi escolhido como referência o caso da Inglaterra, pois esse país foi o berço da Revolução Industrial e tornou-se a economia mais avançada da época dentro do capitalismo competitivo.
Com o emprego da maquinaria moderna e com o processo de divisão do trabalho imposto pela Revolução Industrial houve a quebra da resistência do trabalhador masculino frente ao capital e as tendências de objetivação e de simplificação do trabalho.
A simplificação do trabalho acarretou a incorporação maciça de mulheres e crianças à produção e com a grande oferta de força de trabalho causou a queda dos salários, além de existirem condições precárias dos ambientes de trabalho.
Diante dessa situação, os trabalhadores se revoltaram e veio uma fase marcada por lutas pelos seus direitos. Também havia as disputas internas entre a burguesia. Todos esses fatores foram responsáveis, em grande parte, pela produção da legislação social inglesa. Porém, essa legislação era frequentemente burlada para atender às necessidades do capitalismo de reproduzir a riqueza social, ou seja, o próprio capital.
Um bom exemplo são as leis que dizem respeito às crianças. Foram criadas normas que reduziam a jornada de trabalho infantil e tornava obrigatória a escolarização das crianças trabalhadoras, ficando responsáveis por custear esses estudos as empresas empregadoras. No entanto, o que ocorreu foi que, com essas conquistas sociais somadas ao emprego da tecnologia, a mão de obra infantil tornou-se cara e, assim, essa foi sendo dispensada, surgindo o desemprego infantil.
Enquanto isso, o