Freud e a Educação
As preocupações de Freud estavam sempre voltadas aos problemas clínicos e não a questões especificadamente de educação. Tinha como principal objetivo tratar as neuroses que afetavam as pessoas, e através de muitos trabalhos, descobriu que só podia amenizá-las, aliviando os sintomas do indivíduo.
Para Freud há um momento de determinação na vida dos homens, que é o momento da descoberta da diferença sexual anatômica. Essa descoberta relaciona-se a interpretação de que alguma coisa falta, acarretando uma angústia que Freud definiu como “angústia da castração”. Ao buscar determinantes estruturais que explicassem a passagem das crianças por essa angústia, construiu a sua teoria, no desenvolvimento do complexo de Édipo. Em uma determinada etapa o conflito edipiano cessa e parte da investigação sexual é reprimida.
Freud afirmava que a sublimação da investigação sexual associava-se com a pulsão de domínio; o saber e o dominar no mesmo patamar. A criança é uma eterna investigadora que tem como força motriz a curiosidade e o educador deve entender as diferentes maneiras em que ela possa se manifestar. Freud também ressaltava a relação da sublimação da investigação sexual com o ver. A pulsão visual é tão importante quanto a oral, a anal e a fálica. É feita uma ponte entre a curiosidade intelectual, sexual e a fantasia.
Apesar de a inteligência pesquisadora ser impulsionada por uma carga energética sexual, a criança faz investigações que a ajudam em seu desenvolvimento psíquico, havendo uma inter-relação entre o desenvolvimento biológico e psicológico. O professor deve ser o intermediador nesse aprendizado, deve sempre existir uma relação entre professor e aluno. No caso do autodidatismo é criada a figura de alguém que fala, ensina através de um livro ou é criado um diálogo interior entre o aluno e algo que é fruto de sua imaginação. O professor só consegue transmitir conhecimento se obtiver autorização e credibilidade pelo aluno, não importando se diz a