OS ROLEZINHOS: o apartheid brasileiro e o ímpeto consumista de uma geração revolucionária. - por Bruna Luiza As teorias da esquerda se desenvolvem a partir da premissa de que o capitalismo é ruim, de que o consumismo é mau, e de que era questão de tempo até que o proletariado criasse consciência disso e se rebelasse contra o sistema capitalista. No Brasil o PT começou a implantar suas políticas esquerdistas com base nisso. Nasceram, então, as cotas, o bolsa-família e outros vários programas assistencialistas, a educação pública passou a ser sinônimo de doutrinação marxista, os impostos aumentaram, criou-se uma cultura de crítica ao empreendedor onde bonito é ser funcionário público. A idéia era mostrar ao povo o Estado como pai e mãe, e aos poucos ir acabando com a iniciativa privada. Dá pra imaginar os burocratas esquerdistas comentando entre si: "é questão de tempo até que a população ame o Estado, e odeio o capitalismo." E tudo parecia ir de acordo com os planos, até que alguns eventos, os famosos 'rolezinhos', criados no facebook mostraram outros sintomas. Os rolezinhos começaram em 2013, e surpreenderam o Brasil ao reunir milhares de jovens em shoppings centers ao longo do país. Os encontros, no entanto, não foram nada pacíficos, tendo sido registrados roubos, vandalismo, assaltos e agressões. Com os rolezinhos vimos a iminente verdade de que uma parte da população de baixa renda havia aprendido sim a idolatrar o Estado, mas com isso não passou a rejeitar o capitalismo. Pelo contrário, sua ânsia pelo capitalismo se tornou tão grande, que decidiram invadir os shoppings e clamar pelos produtos que sonhavam em consumir, praticando inclusive assaltos e roubos se necessário. E para o desespero da esquerda, os produtos furtados não eram sintomas de extrema necessidade, eram o desejo consumista de possuir coisas bonitas e de qualidade. Em países socialistas, o consumo é extremamente restrito e controlado pelo governo, não só para roupas e calçados, mas até mesmo para