Freud – Psicanálise e Educação
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Freud desenvolveu a teoria sobre a estrutura da personalidade humana, segundo ele, nossa personalidade é formada por três partes: id (que contêm os impulsos inatos determinados biologicamente e os desejos e as necessidades que não reconhecem qualquer norma social estabelecida), o ego (a porção visível de cada um de nós e que segue as regras socialmente aceitas) e por fim, o superego (onde se concentra as normas da sociedade internalizadas pelas pessoas, ele atua como protetor do ego, impedindo que os desejos cheguem até ele). Segundo Freud, tudo aquilo que o ego não sabe que existe, tudo aquilo que foi reprimido se encontra no inconsciente. Os sonhos, os atos falhos, a sublimação e as neuroses nada mais são do que o resultado da luta entre o id e o superego. Os sonhos são realizações (imperfeitas e incompletas) de desejos reprimidos, os atos falhos (lapsos lingüísticos ou de escrita) são os desejos reprimidos obtendo realização por frestas nas defesas do superego, a sublimação são energias reprimidas canalizadas, possibilitando o ego a exercer uma atividade socialmente aceita, e por fim, a neurose que é, conforme Freud, o resultado visível de desejos reprimidos pelo superego que se manifesta na vida consciente das pessoas. Em se tratando de educação escolar, a psicanálise dirige sua atenção para o vasto e complexo mundo subjetivo oculto no interior de professor e aluno, cada qual sofrendo constantemente a pressão de seus desejos, muito dos quais reprimidos pela moral da sociedade. O professor que aceita o paradigma psicanalítico está sempre interessado em ir além de ministrar uma boa aula, no sentido técnico, ele volta-se constantemente para os motivos desconhecidos que o levam a estar ali.
Um conceito importante tratado no livro é o conceito de transferência: na sala de aula há alunos que amam e odeiam seus mestres, esse vínculo afetivo é chamado de transferencial e é semelhante ao que ocorre entre paciente e terapeuta. Esses vínculos, segundo o autor,